A tendinite do glúteo é uma condição, na qual, um tendão é acometido por um processo inflamatório. As causas são variáveis. Entretanto, dentre os sintomas a dor está sempre presente.
A queixa mais comum é dor ao dormir de lado sobre o quadril inflamado. A sensação de queimação e desconforto impede a permanência nessa posição por período prolongado e pode acordar o paciente. A sensação de dor na palpação também é frequente.
Ela também pode ser desencadeada com esforços, como andar, sentar, levantar, subir e descer escadas. A sensação de fraqueza pode ocorrer após longos períodos com dor e limitação funcional.
Maior ocorrência
A maior causa da doença é o desequilíbrio muscular. Neste sentido, as mulheres saem com uma grande desvantagem. Pois, a tendinite glútea pode acometer uma entre cada 4 mulheres acima de 50 anos.
Isto se deve ao fato de que a pelve da mulher apresenta um formato único. Os ossos da bacia de uma mulher apresentam uma abertura muito mais larga por causa da gestação e do canal do parto.
Isso faz com que as mulheres tenham uma grande predisposição a desenvolver inflamação nos tendões do quadril, pois eles ficam constantemente tensos e devem fazer muito mais força que o normal.
Mas isso não significa que a tendinite é uma doença exclusiva do sexo feminino.
Quando ela acomete os homens, geralmente vem como acompanhamento de outra doença, como por exemplo a artrose.
Sintomas
– Aumento de sensibilidade na lateral do quadril, principalmente ao apertar.
– Dor ao deitar-se de lado, independente se é sobre o lado com tendinite ou não.
– Dificuldade para subir e descer escadas.
– Desconforto para permanecer muito tempo sentado ou em pé, podendo mancar nos primeiros passos logo após levantar-se da posição sentada.
O que provoca a tendinite glútea?
– Pessoas com pelve larga ou lateral do quadril mais proeminente, o que explica a incidência maior em pacientes do sexo feminino.
– Alteração de comprimento entre as pernas, com desequilíbrio muscular por sobrecarga maior na lateral de um quadril.
– Esforço repetitivo, principalmente com atividades esportivas.
– Sobrecarga de peso e obesidade.
– Envelhecimento do tendão.
– Fraqueza muscular.
– Pessoas que fazem atividade física em planos inclinados, como correr em subida.
Diagnóstico e exames
O diagnóstico é feito por meio de um exame físico em que busca sinais de dor, sensibilidade e perda de função. O paciente poderá fazer um exame de ressonância nuclear magnética ou ultrassom do quadril para que seja realizada avaliação do nível de comprometimento do tendão e indicar o melhor tratamento.
Tratamento
O tratamento das tendinites pode ser dividido em dois tempos:
Etapa 1: de alívio da dor, inflamação e edema utilizando-se de técnicas de analgesia e terapia combinada, medicação para dor e terapia por ondas de choque.
Etapa 2: visa a correção das prováveis disfunções biomecânicas através de exercícios de fortalecimento, flexibilidade, mobilização articular e treinamento sensório-motor.
O tratamento apresenta ótimos resultados, podendo resolver completamente o caso em algumas semanas.