Esclerose múltipla: O que é preciso saber

31/08/2022

Descrita pela primeira vez em 1868 pelo médico francês Jean-Martin Charcot, a esclerose múltipla é uma doença neurológica que acomete adultos jovens, principalmente mulheres. 

É mais comum em caucasianos do que em outros grupos raciais. A idade de maior adoecimento é entre 20 e 50 anos. No entanto, hoje já se realiza cada vez mais o diagnóstico em idades menores, inclusive em adolescentes e crianças. 

A Associação Brasileira de Esclerose Múltipla – ABEM estima que cerca de 40 mil brasileiros convivem com a doença, por isso, no Dia Nacional de Conscientização sobre a Esclerose Múltipla, 30 de agosto, preparei um conteúdo especial para alertar sobre a importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado. Confira!

Esclerose Múltipla

É uma doença neurológica, crônica e autoimune, provocada por mecanismos inflamatórios e degenerativos que comprometem a bainha de mielina que é a camada de gordura que envolve as fibras nervosas na substância branca do cérebro e na medula espinhal, comprometendo a função do sistema nervoso (cérebro e medula) ao atingir diversas funções ligadas ao trânsito de informações dos neurônios para o resto do corpo.

Quando esse caminho é prejudicado pelas lesões provocadas pela enfermidade, essas informações se espalham gerando diversos sintomas.

Tipos de esclerose

Sintomas

Os principais são:

– Fadiga;

– Alterações Fonoaudiológicas

– Transtornos Visuais

– Problemas de Equilíbrio e Coordenação

– Espasticidade – é a rigidez de um membro ao movimentar-se e acomete principalmente os membros inferiores. 

– Transtornos Cognitivos e Emocionais

– Sexualidade

Tratamento

Embora ainda não exista cura para a esclerose múltipla, há tratamentos medicamentosos que buscam reduzir a atividade inflamatória e os surtos ao longo dos anos, contribuindo para a redução do acúmulo de incapacidade durante a vida do paciente e garantindo mais qualidade de vida. 

Os medicamentos utilizados, bem como todo o tratamento, porém, devem ser indicados e acompanhados pelo médico neurologista de forma individualizada.

Diagnóstico

Em caso de suspeita de Esclerose Múltipla, a primeira coisa a ser feita é confirmar o diagnóstico. Portanto, procure o médico neurologista que é o profissional mais adequado para investigar e tratar pacientes com essa doença, uma vez que há uma série de doenças inflamatórias e infecciosas que podem ter sintomas semelhantes ao da Esclerose Múltipla. 

Dr. Pedro Henrique Essado Maya

CRM-TO 5606 | RQE 2792

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